Em 2004 a Assembléia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro se dignou a votar um projeto de lei, do deputado Edino Fonseca, que criava o programa de auxílio às pessoas que voluntariamente optarem pela mudança (sic) de sua orientação sexual da homossexualidade para a heterossexualidade.
Para implementar o programa, "o poder público estabeleceria convênios com organizações governamentais, não governamentais, Associações Civis, religiosas, profissionais liberais e autônomos". Ou seja, é o dinheiro público financiando os que se propõem a converter homossexuais em heterossexuais. A Comissão de Constituição e Justiça deu parecer favorável alegando que a proposição é de relevante cunho social e não esbarra em preceitos constitucionais.
Contardo Calligaris, em sua coluna no Caderno Ilustrada do Jornal Folha de S. Paulo pileriou o fato declarando: “Muito bem, vou fundar o Instituto Michael Jackson para a transformação de negros em brancos (claro, só os negros que quiserem). A idéia é de relevante cunho social e benéfica, visto que, de fato, em nossa sociedade, é melhor ser branco. Uma vez esbranquiçados, os negros ganharão mais e competirão com os brancos em pé de igualdade. OK?”
A alegação do projeto de lei era a de que: "Homem e mulher foram criados e nasceram com sexos opostos para se completarem e procriarem. O homossexualismo, apesar de aceito pela sociedade, é uma distorção da natureza do ser humano normal".
Quando Freud escreveu “Três ensaios sobre a teoria da sexualidade” em 1905 deixou claro que a escolha de um homem por uma mulher ou uma mulher por um homem, não implica, por si só, numa normalidade.
É comum encontrar na clínica pessoas que buscam a terapia por fatores alheios a homossexualidade ou porque tem dificuldade de assumir a sua homossexualidade devido as questões sociais.
Sabemos que a escolha de objeto masculino ou feminino pode ser transitória e haver alternância ao longo da vida afetiva. Se um individuo teve em sua infância alguma relação homossexual, isso não será determinante para uma escolha homossexual, porém pode determinar uma perturbação na sua escolha futura, com prejuízos afetivos ou até mesmo intelectuais.
Que o assunto é polêmico, isso não resta dúvidas. A música italiana Luca era gay, ficou em segundo lugar no Festival Sanremo 2009, o festival da música italiana. A mídia botou lenha na fogueira dizendo que a música fala da cura do homossexualismo. Mas não é bem assim. O movimento gay ficou revoltado, pois acha que a música é uma afronta aos gays. Muitos religiosos estão satisfeitos, pois consideram homossexualidade pecado. Graças a polêmica, a música já é um grande sucesso pelo mundo.
A música, rap, conta a história de Luca di Tolve, que disse ter deixado de ser gay graças ao livro do psicólogo Joseph Nicolosi. A história de Luca di Tolve deve ser vista com muito respeito. Pois Luca di Tolve conta que ele se contaminou com HIV quando era gay. Quando ele deixou de ser gay ele se casou e começou a sonhar em ter um filho, mesmo sendo soropositivo.
O psicólogo terapeuta Joseph Nicolosi escreveu um livro para ajudar as pessoas do sexo masculino que não querem se assumir como gays. Na verdade, o livro busca curar pessoas que estão incomodadas por serem homossexuais. Ele diferenciou a palavra gay da palavra homossexual. Para ele, gay é um movimento político. Ele chama de homossexuais não gays aqueles que não querem levar a vida como gays. Ou seja, aqueles que não querem seguir as idéias do movimento político gay, que diz que se deve assumir ser gay sempre. O movimento gay prega o orgulho gay.
A música que conta a história de Luca di Tolve inicia assim: Luca era gay, mas agora está com ela /Luca fala com o coração na mão Luca diz: "Sou um outro homem".
"Sou um outro homem" já indica uma mudança de escolha. Opção que não se confunde com o gênero e continua na primeira estrofe: Luca diz: "Antes de contar a minha mudança sexual /Gostaria de esclarecer que creio em Deus e não me reconheço no pensamento do homem que se divide sobre este argumento /Não fui a psicólogos, psiquiatras, padres ou cientistas /Fui lá no meu passado, escavei e entendi tanta coisa sobre mim /Minha mãe me queria tão bem que este bem se transformou em obsessão /Cheia das suas convicções, eu não respirava por causa da sua atenção /Meu pai não tomava decisões e eu não era mais capaz de falar /Estava fora o dia todo para trabalhar e eu tinha a impressão de que aquilo não era verdadeiro /Mamãe pediu a separação quando eu tinha 12 anos /Eu não entendia bem /Meu pai disse que era a decisão certa, mas pouco tempo depois começou a beber /Mamãe falava mal de papai, me dizia para não me casar jamais por piedade /Das minhas amigas, tinha um ciúme doentio. Minha identidade era sempre muito confusa.
O coro trás uma informação importante sobre a transformação: Luca era gay, mas agora está com ela /Luca fala com o coração na mão /Luca diz: "Sou um outro homem" /Luca era gay, mas agora está com ela /Luca fala com o coração na mão /Luca diz: "Sou um outro homem". Uma transformação que é reafirmada na condição de um entendimento sobre a sua infância. Volta que deu ao seu passado.
Na segunda estrofe: Eu estudava Freud, não pensava igual /Depois chegou a maturidade. Numa afirmativa ele se contradiz “Não fui a psicólogos, psiquiatras, padres ou cientistas /Fui lá no meu passado, escavei e entendi tanta coisa sobre mim,". Isso deixa claro que, não só estudou Freud, como usou o seu método para descobrir o seu próprio mistério.
Aqui mesmo nesse blog eu publiquei o artigo de Vinicius Queiroz Galvão (para assinantes da Folha ou UOL) PSICOLOGA DIZ "CURAR" GAY E VAI A JULGAMENTO NO CONSELHO , que trata não só da cassação da licença da Psicóloga Rozângela Alves Justino, como também da indignação de vários setores da sociedade.
Pelo exposto anteriormente, é claro que me posiciono a favor da cassação por entender que a homossexualidade não é uma doença e portanto não pode ser curada. Contudo, acredito que numa sociedade democrática os assuntos polêmicos devem ser sempre debatidos abertamente para a formação de um consenso.
A experiência religiosa é sempre perniciosa quando se trata de assuntos científicos, porque carece de experimentação e se baseia em pressupostos falsos ou preconceituosos. Portanto repetir aqui o que os cientistas dizem, a respeito do assunto, é chover no molhado.
Para implementar o programa, "o poder público estabeleceria convênios com organizações governamentais, não governamentais, Associações Civis, religiosas, profissionais liberais e autônomos". Ou seja, é o dinheiro público financiando os que se propõem a converter homossexuais em heterossexuais. A Comissão de Constituição e Justiça deu parecer favorável alegando que a proposição é de relevante cunho social e não esbarra em preceitos constitucionais.
Contardo Calligaris, em sua coluna no Caderno Ilustrada do Jornal Folha de S. Paulo pileriou o fato declarando: “Muito bem, vou fundar o Instituto Michael Jackson para a transformação de negros em brancos (claro, só os negros que quiserem). A idéia é de relevante cunho social e benéfica, visto que, de fato, em nossa sociedade, é melhor ser branco. Uma vez esbranquiçados, os negros ganharão mais e competirão com os brancos em pé de igualdade. OK?”
A alegação do projeto de lei era a de que: "Homem e mulher foram criados e nasceram com sexos opostos para se completarem e procriarem. O homossexualismo, apesar de aceito pela sociedade, é uma distorção da natureza do ser humano normal".
Quando Freud escreveu “Três ensaios sobre a teoria da sexualidade” em 1905 deixou claro que a escolha de um homem por uma mulher ou uma mulher por um homem, não implica, por si só, numa normalidade.
É comum encontrar na clínica pessoas que buscam a terapia por fatores alheios a homossexualidade ou porque tem dificuldade de assumir a sua homossexualidade devido as questões sociais.
Sabemos que a escolha de objeto masculino ou feminino pode ser transitória e haver alternância ao longo da vida afetiva. Se um individuo teve em sua infância alguma relação homossexual, isso não será determinante para uma escolha homossexual, porém pode determinar uma perturbação na sua escolha futura, com prejuízos afetivos ou até mesmo intelectuais.
Que o assunto é polêmico, isso não resta dúvidas. A música italiana Luca era gay, ficou em segundo lugar no Festival Sanremo 2009, o festival da música italiana. A mídia botou lenha na fogueira dizendo que a música fala da cura do homossexualismo. Mas não é bem assim. O movimento gay ficou revoltado, pois acha que a música é uma afronta aos gays. Muitos religiosos estão satisfeitos, pois consideram homossexualidade pecado. Graças a polêmica, a música já é um grande sucesso pelo mundo.
A música, rap, conta a história de Luca di Tolve, que disse ter deixado de ser gay graças ao livro do psicólogo Joseph Nicolosi. A história de Luca di Tolve deve ser vista com muito respeito. Pois Luca di Tolve conta que ele se contaminou com HIV quando era gay. Quando ele deixou de ser gay ele se casou e começou a sonhar em ter um filho, mesmo sendo soropositivo.
O psicólogo terapeuta Joseph Nicolosi escreveu um livro para ajudar as pessoas do sexo masculino que não querem se assumir como gays. Na verdade, o livro busca curar pessoas que estão incomodadas por serem homossexuais. Ele diferenciou a palavra gay da palavra homossexual. Para ele, gay é um movimento político. Ele chama de homossexuais não gays aqueles que não querem levar a vida como gays. Ou seja, aqueles que não querem seguir as idéias do movimento político gay, que diz que se deve assumir ser gay sempre. O movimento gay prega o orgulho gay.
A música que conta a história de Luca di Tolve inicia assim: Luca era gay, mas agora está com ela /Luca fala com o coração na mão Luca diz: "Sou um outro homem".
"Sou um outro homem" já indica uma mudança de escolha. Opção que não se confunde com o gênero e continua na primeira estrofe: Luca diz: "Antes de contar a minha mudança sexual /Gostaria de esclarecer que creio em Deus e não me reconheço no pensamento do homem que se divide sobre este argumento /Não fui a psicólogos, psiquiatras, padres ou cientistas /Fui lá no meu passado, escavei e entendi tanta coisa sobre mim /Minha mãe me queria tão bem que este bem se transformou em obsessão /Cheia das suas convicções, eu não respirava por causa da sua atenção /Meu pai não tomava decisões e eu não era mais capaz de falar /Estava fora o dia todo para trabalhar e eu tinha a impressão de que aquilo não era verdadeiro /Mamãe pediu a separação quando eu tinha 12 anos /Eu não entendia bem /Meu pai disse que era a decisão certa, mas pouco tempo depois começou a beber /Mamãe falava mal de papai, me dizia para não me casar jamais por piedade /Das minhas amigas, tinha um ciúme doentio. Minha identidade era sempre muito confusa.
O coro trás uma informação importante sobre a transformação: Luca era gay, mas agora está com ela /Luca fala com o coração na mão /Luca diz: "Sou um outro homem" /Luca era gay, mas agora está com ela /Luca fala com o coração na mão /Luca diz: "Sou um outro homem". Uma transformação que é reafirmada na condição de um entendimento sobre a sua infância. Volta que deu ao seu passado.
Na segunda estrofe: Eu estudava Freud, não pensava igual /Depois chegou a maturidade. Numa afirmativa ele se contradiz “Não fui a psicólogos, psiquiatras, padres ou cientistas /Fui lá no meu passado, escavei e entendi tanta coisa sobre mim,". Isso deixa claro que, não só estudou Freud, como usou o seu método para descobrir o seu próprio mistério.
Aqui mesmo nesse blog eu publiquei o artigo de Vinicius Queiroz Galvão (para assinantes da Folha ou UOL) PSICOLOGA DIZ "CURAR" GAY E VAI A JULGAMENTO NO CONSELHO , que trata não só da cassação da licença da Psicóloga Rozângela Alves Justino, como também da indignação de vários setores da sociedade.
Pelo exposto anteriormente, é claro que me posiciono a favor da cassação por entender que a homossexualidade não é uma doença e portanto não pode ser curada. Contudo, acredito que numa sociedade democrática os assuntos polêmicos devem ser sempre debatidos abertamente para a formação de um consenso.
A experiência religiosa é sempre perniciosa quando se trata de assuntos científicos, porque carece de experimentação e se baseia em pressupostos falsos ou preconceituosos. Portanto repetir aqui o que os cientistas dizem, a respeito do assunto, é chover no molhado.
6 comentários:
nossa, me pego muitas vezes indignada com essas polêmicas em torno da homossexualidade. Vc citou neste post uma coisa muito interessante,acredito que muitas vezes alguns homossexuais procuram práticas "curativas" não por não aceitarem sua orientaçã sexual, mas como uma fuga das ações discriminatórias sofridas na sociedade. Infelizmente, as pessoas ainda nao conseguem aceitar que como indivíduos, somos feitos com características diferentes uns dos outros,o que não quer dizer que um seja mais correto que o outro.
Lua
muito obrigado por sua intervenção que é sempre uma novidade o que você apresenta.
estou de pleno acordo com a sua opinião. e propósito desse post é esse mesmo, polemizar.
aqui tratamos de diferenças, o resto eu deixo para as religiões.
elas e eu temos muito o que fazer para perder tempo com bobagens.
deixemos os diferentes se escolherem.
o que sobrar eu busco entender para dar alguma opinião.
abs
Rogério
eu graças a DEUS fui curado desta doença.
Hoje tenho verdadeira repugnancia em ver esses bambis de bermudinha se achando o máximo na city.
Cambada de malandros, aliendos pelo maldito futebol como se fosse sinônimo de masculinidade.
fodam-se boys de PELOTAS.
and you do you think?
Foi curado, é?
Sei!
saushuihasuiaiuhsha nuuuuuuuuu eu ri <
me pergunto o que acontecera cm essas pessoas que coontinuam a achar que estao curadas.Cmo viveram cm isso,reprimindo sua sexualidade e ainda acharem estao corretos.Que estao "curados"?!
Como viverao o resto de suas vidas com isso!
pois é!
bjs
rogerio
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