13 dezembro 2008

DEPOIS DA CHUVA

Por Rogério Silva


Doutor, o que eu quero falar hoje é alguma coisa que, para mim, tornou-se um martírio que me consome e me oprime diariamente. Ainda não sei direito quais os sentimentos que me tomam. Só sei que são múltiplos. Prazer, vergonha, desejo, autoflagelação, dor, medo, volúpia, sei lá! Talvez ao relatar eu encontre os motivos dessa angústia.

Na noite daquele sábado chovia tanto que resolvi me meter na única lan house aberta do Catete. Eu tinha um propósito para estar ali naquela hora. Queria encontrar com Lino. Eu me sentia perdidamente apaixonada por ele. Não o encontrei na rede. Aproveitei para ficar em dia com meu e-mail. Estava tão absorta nessa tarefa que nem percebi quando Jony entrou. Primeiro, por que ainda não o conhecia e segundo, por que estava tão entretida no que fazia para perceber qualquer aproximação.

Ele sentou-se atrás de mim, numa mesa mais distante. E fez-se notar, para mim, pelos toques insistentes do seu celular. Parecia que falava com uma menina. Ela não queria aceitar alguma sugestão da mãe. Foi o que deu para perceber. Num estilo paternal, ele lhe dava bronca em voz baixa, mas não o suficiente para que as outras pessoas que estavam na lan não ouvissem, parecia estar bastante irritado com ela. O seu celular ainda tocou outras vezes. A cada instante que tocava eu o olhava instantaneamente. Havia nele alguma coisa que me atraia. Não sei se por que não encontrei Lino, mas o fato é que não resistia àquela atração. Fiquei observando-o, com admiração e interesse. Olhei para a tela do seu computador e percebi que estava no MSN. Instintivamente, dei um impulso na minha cadeira, com rodinhas, para trás, até parar ao seu lado. Nossas máquinas estavam posicionadas, uma contrária a outra. Toquei em seu braço e sorrindo, perguntei baixinho se ele gostaria de me adicionar ao seu MSN? Ele, que estava com fones de ouvido não entendeu. Retirou o fone do ouvido e seriamente pediu que repetisse. Sorri sensualmente para ele, e repeti o convite. Ele respondeu que sim, então eu ditei para ele o meu endereço. Ele me disse o seu nome, João Paulo Medeiros. Mas no seu MSN era Jony. Laura. Apresentei-me e continuamos um de costas para o outro, em comunicação.

Sempre muito respeitosamente ele me perguntou algumas coisas pessoais e me contou outras tantas suas. Depois queria saber o que eu fazia, se era casada, se tinha filhos e coisas desse tipo. E ainda quis saber onde eu morava. Falei que sou descasada, tenho uma filha quase na universidade e moro numa cidade do sul do estado.

- E onde você fica quando vem aqui? Ele perguntou. Entendi perfeitamente que ele se referia à cidade, mas num tom de gracejo respondi:

- Numa lan house! A resposta veio quase que instantaneamente. Rimos muito desse tipo de brincadeirinha. Foi muito divertido e serviu para nos deixar mais à vontade!

Como eu já pretendia ir embora, sinalizei que já iria sair e ele me ofereceu uma carona até a casa de mamãe onde disse que estava hospedada. Ficava perto, há algumas quadras dali. Não seria necessária uma carona, mas que se ainda chovesse eu aceitaria. Ele insistiu, dizendo que seria um prazer de qualquer maneira. Agradeci e perguntei a que horas ele iria embora. Respondeu que estava ali só passando tempo e que poderia sair na hora que eu quisesse. Imediatamente desliguei o meu computador e fui até a recepção fechar a minha conta. Ele fechou a dele também e saiu na minha frente. Esperou-me na porta. Ainda chovia e a carona tornou-se inevitável.

Parou o seu carro no portão da casa de minha mãe. Uma casa antiga, de porte médio como uma das poucas que ainda sobrevivem no bairro. A casa possui uma varanda na frente e garagem. Os cachorros que já me conhecem, chegaram silenciosos. Não havia ninguém. Coisa que ele reparou, pois as luzes estavam quase todas apagadas. Perguntou pelos habitantes da casa. Minha mãe havia viajado e minhas irmãs estavam com seus namorados em algum lugar da cidade. Elas moravam ali sozinhas com meu irmão que esta quase sempre fora em viagem. Eu não quis dizer que minhas irmãs ainda eram jovens e bonitas para não despertar curiosidades e ser preterida por elas, como sempre acontece.

Inconvenientemente ele se convidou para entrar. Para tomar um café ou uma água, quando ficou certo de que não tinha ninguém na casa. Minha mãe não gostaria que se trouxessem pessoas estranhas quando ela não estivesse. Disse-lhe num tom que não deixava a menor oportunidade para retrucar e acrescentei.

- E além do mais, a casa tem câmeras espalhadas por todo canto e alarme de segurança que toca em outro lugar secreto com vigilantes armados. Ele sentiu-se intimidado e não insistiu. Resolveu ir embora dali mesmo e perguntou se poderia me dar um beijo de despedida. Disse que sim aproximando o rosto de sua boca. Virei-me e dei a outra face para um beijo formal, entre duas pessoas que acabavam de se conhecer. Aproveitando a aproximação, ele me disse ao pé do ouvido.

- Adorei o seu cheiro! Entendi que falara perfume e, disse que não uso perfume.

- O perfume de que falo é o seu próprio cheiro. É muito excitante! Acrescentou com ar de superioridade e conhecimento. Ofereceu-me o numero do seu celular, pedindo que ligasse quando estivesse de volta a cidade para sairmos. Nessa hora quis saber de meus gostos, se bebia e se fumava. Como lhe respondi negativamente perguntou se era por causa de alguma questão religiosa, o que prontamente descartei. Ele se animou e numa nova tentativa de conquista, começou a me galantear dizendo que eu ainda era muito nova para ter uma filha na universidade. Perguntei então quantos anos ele me dava. Ele respondeu imediatamente, sem pensar, trinta e cinco. Eu me senti linda! Ele me disse que tinha trinta e oito anos, mas desconfiei. Achei-o mais velho que a idade que eu tenho. Mas ele era muito bonito, forte, simpático e inteligente. Aproveitou para falar mais de si. É professor de história, tem mestrado em relações internacionais e aparenta erudição. De sua vida íntima acrescentou ter apenas uma filha, de sete anos, mas que valia por duas. Nunca foi casado e não tem nenhum relacionamento fixo há quatro anos. Pensei: “Oba! Disponível! Na minha medida!” Pensei, mas não disse.

Certo de já ter captado a minha confiança, ligou o carro e convidou-me para sair. Aceitei, não imediatamente, por uma questão de charme. Ele saiu sem dizer, ou perguntar, aonde iria e falou num tom suave e com um leve sorriso nos lábios.

- Estou adorando essa fantasia! Eu perguntei imediatamente, sem pensar:

- Qual?

- Estou amando ter sido escolhido por você para ser o seu homem hoje. Para fazer amor contigo. Respondeu aparentando felicidade. Parecia uma criança prestes a ganhar o brinquedo predileto. Ao mesmo tempo em que falava coisas carinhosas que me deixavam excitada, disse também um monte de palavras chulas num misto de doçura e agressividade. Fiquei muito assustada e perguntei por que estava falando aquelas coisas.

- Fiquei muito excitado com essa idéia de ter você. Adoro mulheres sedutoras e de atitude. Concluiu com suavidade, mas olhando-me nos olhos de um modo muito incisivo. - Quero levá-la a minha casa. É um lugar pequeno, modesto, onde eu tenho meus livros, meus discos e recebo as pessoas que gosto. Disse isso já manobrando para parar em frente ao prédio.

- É aqui. Disse isso desligando a chave do carro e voltando-se para a minha direção, sem me dar a chance de retrucar.

Olhei para fora do carro, ainda chovia, estávamos na subida de uma ladeira, era um prédio pequeno, realmente modesto, antigo, cinza e pouco iluminado. A rua também. A portaria estava escura num sinal de que não havia porteiro. Comecei a ficar com medo. E disse isso a ele. Meu corpo começou a tremer de medo. Medo mesmo. Medo de estupro, de morte. Não sabia se estava diante de um psicopata. Imediatamente acudiu-me a idéia, várias cenas do livro o Psicótico de Leonard Simon, como num filminho em que essas cenas passaram em segundos. Seria ele como o Artur Moss do livro? Pensei.

Como quem está na chuva é para se molhar mesmo, pensei procurando em mim alguma coisa que me desse força para enfrentar o que estava por vir. O horror me tomava e ao mesmo tempo lambia-me o íntimo uma excitação. Era tão grande que eu sentia o suor correr em meu rosto, apesar do frio. Minha calcinha parecia encharcada, mas tão encharcada que instintivamente fechei mais as pernas numa tentativa de esconder a calça molhada. O escuro do carro me protegia, mas ele não tirava seus olhos dos meus. Com um cigarro no canto da boca deu um risinho sinistro. Mas antes de acendê-lo, perguntou se eu me importaria que acendesse. Nessa hora senti uma possibilidade de dominar um pouco a situação e pedi que não acendesse. Imediatamente ele guardou o cigarro, dizendo, sem graça, que sempre que estava com alguém perguntava, por educação. Parecia um cafajeste cavalheiro. Se existe essa combinação, eu estava diante de um legitimo espécime. Eu não conseguia acreditar no que estava vendo. Com muito medo, resolvi entrar em seu joguinho! Jony me pedia que eu não tivesse medo! Tentava me acalmar, mas ao mesmo tempo tinha uma cara de dar pavor. Dizia que eu iria gostar. De forma dura e incisiva começou um discurso que eu ainda não havia consentido.

- Eu sou um puto e adoro putas. Disse de um jeito que não me senti ofendida. Senti que houve em mim uma transformação. Comecei a gostar do que estava acontecendo. Já adentrávamos o apartamento quando ele exercitou o máximo da intimidade. Parecia que já nos conhecíamos há muito tempo e aquele era apenas mais um encontro.

- Vou enterrar o meu pau durinho dentro dessa bocetinha. Vou meter fundo. Depois no cu. Falou num tom de conhecimento de causa. - Quero lambê-la toda. Começando pela boca e ir descendo, pelos peitinhos, enfiar a língua no seu umbigo e descer mais, até atingir quase o seu útero enquanto você chupa o meu pau. Descrevia tudo o que estava para acontecer como se já tivesse sido ensaiado antes, ou se tivesse transmitindo um acontecimento. Aquilo me dava um misto de excitação e medo. Tirou o seu casaco bege e a camiseta preta, deixando a mostra o seu peito nu e musculoso. Filmava-me com os seus olhos. Sua boca parecia a de um lobo faminto diante da sua presa. Não me fiz de rogada, tirei minhas calças. Ele me pegou com vigor e arrancou-me a blusa. Com vigor, porém com suavidade, se é que isso é possível. Avisei, com cara de puta, que não queria sentir dor e pedi que usasse camisinha. Ele aquiesceu e me disse que só sentiria dor se eu quisesse. Caso contrário, sentiria apenas prazer. Muito prazer! Falava sempre olhando nos meus olhos. Ou melhor, dentro dos meus olhos. Nesse ponto eu me sentia completamente invadida pela sua imagem, pelo seu cheiro, pela sua voz, pelo seu corpo. A sua língua rebolava com a minha em minha boca. Já o via inteiramente embora estivesse de olhos fechado. Intimidava-me, mas não demonstrei mais medo. Sentou-me sobre a cama e beijou-me ardentemente, enquanto desabotoava meu sutiã, demonstrando muita intimidade com o fecho. Acariciou-me, beijou-me, lambeu-me toda: dos pés à cabeça. Gozei facilmente. Parou e falou algumas coisas das quais não me lembro, pois estava extasiada naquele momento. Eu já estava quase sem sentidos. Perguntou-me outras coisas que se tornaram ininteligíveis também pelo mesmo motivo. A única coisa que entendi foi quando ele disse:

- É um crime deixar uma fêmea como você, no cio e sozinha!

Ele se sentia na obrigação que fazer alguma coisa. Aquilo que estava fazendo! Dava-me muito prazer! E queria saber se eu já estava satisfeita ou se queria mais. Respondia que queria mais. Queria muito, mas quase não conseguia mais falar. Nesse momento mandou que eu me ajoelhasse na beirada da cama. Que ficasse de quatro. Eu obedecia com muito desejo. Veio por de trás, pôs a mão esquerda nas minhas costas e com a outra me agarrou os cabelos, na altura da nuca. Enfiou o seu pau na minha vagina e descrevia antecipadamente passo a passo cada nova investida. Agora eu vou fazer isso, você vai adorar. Ou então, agora vou pegar você assim e você vai ao céu! Fazia perguntas como: sua puta, você gosta disso ou daquilo? E fazia sempre o que eu queria, com muita força. Tinha uma pegada forte! Eu me sentia entregue. Irresistivelmente entregue!

Quando eu pensava que ele já estava satisfeito, começava tudo de novo. Penetrou-me por trás com suavidade, segurando meus cabelos, fazendo com que virasse a cabeça na direção do espelho, sempre falando coisas no meu ouvido. Era um espelho pequeno, mas ficava na minha frente mesmo, era só levantar a cabeça. A mão, que antes estava nas minhas costas, desceu e entrou com dois dedos juntos em meu ânus. Pela primeira vez senti uma dupla penetração. Até o tempo parecia estar sob o seu comando. Repetimos todas as coisas sempre como se fosse à primeira vez até que adormecemos exaustos. Não sei quem dormiu primeiro. Só sei que quando eu acordei, já estava claro com o sol atingindo quase o meio do quarto. Coisas dessa cidade, nos dias primaveris! O cheiro de sexo exalava da cama, das roupas e até o ar parecia cúmplice daqueles momentos. Continuei deitada por algum tempo procurando saber que sentimentos eu levava daquela experiência. Reparei que Jony já se levantara e chamei-o por duas vezes:

- Jony. Jonyii! Sem obter nenhuma resposta. Tentei levantar-me. Estava nua. Envolvi-me no lençol e sentia a pélvis, as pernas e o ânus docemente doloridos. Meio cambaleante dirigi-me à sala onde encontrei a mesa de café pronta. Uma xícara usada e outra limpa para mim, que logo me pus a utilizá-la. Jarros com rosas e flores do campo ornavam a sala e eu não via neles nenhum cartão pendurado. Não dei muita importância a esse fato. De repente eu vi um envelope entre o bule de leite e o açucareiro. Pequei o envelope que dizia em letras grandes: ‘meu amor’. Estava semi-aberto e pude perceber que continha várias notas de R$ 50,00, que não contei, e um bilhete que abri sem pensar, deixando as notas do jeito em que estavam.

O bilhete era dirigido a mim, embora não tivesse nenhum nome: - Minha querida, hoje foi, sem dúvida nenhuma, o dia mais importante da minha vida e gostaria que você soubesse que fez parte dele. Tudo o que aconteceu entre nós foi divino e pareceu-me uma dádiva. Um presente do céu. Tudo o que fiz com você, teve para mim, o sabor de primeira vez. Não sei se poderei repetir essa experiência com você. Mas eu sei perfeitamente como você se sente, pois já me senti no seu lugar. Já me senti sendo penetrado por um homem forte, me dando amor, carinho me fazendo ir às nuvens em gozos múltiplos e sem poder fazer com ele o mesmo que ele fazia comigo. Graças a você eu aprendi. Agora eu sei que posso satisfazê-lo como ele sempre me satisfez. Hoje Fred estará retornando de New York, de um seminário de artes que participou e eu estarei pronto para recepcioná-lo como ele merece e sempre desejou. Essas flores eu comprei para ele com muito carinho. São lindas, não são?

Não fique magoada comigo, -eu lia isso com as lágrimas escorrendo em meu rosto e uma profunda dor no peito como se estivesse sendo apunhalada- mas eu não iria conseguir falar disso, pessoalmente, com você. Esse dinheirinho é apenas um presente para que você possa comprar o que quiser e lembrar-se sempre de mim.

Não creio que voltaremos a nos encontrar, mas espero que tenha boas recordações minhas e seja muito, muito feliz.

O seu Jony.

Aquela carta abateu-me como uma bomba atômica. Deixei escapar num esgar, um grito lancinante, tão forte que percebi a movimentação da vizinhança curiosa com o que ouviu. Durante alguns instantes eu fiquei parada olhando aquele envelope, o dinheiro, o bilhete e as flores tentando entender a conexão disso tudo com o que vivi durante aquela noite de chuva. O sol já adentrava a sala mostrando a irreversibilidade do tempo. Seria impossível voltar atrás e desfazer tudo o que aconteceu. Meu corpo doía agora de outro modo. Minha pélvis, minha vagina, meu ânus, a minha boca, estavam secos. Uma secura de carinho, de amor, de sensualidade ou sei lá do quê! Eu queria fugir dali. Sumir como que por encanto, mas não podia. Levantei, minhas pernas não obedeciam, sentei novamente. Peguei o bilhete, reli, refleti e conclui. Afinal de contas, eu encontrei naquele lugar o que procurava com urgência. Sexo. Apenas isso. Um sexo selvagem sem amor e que eu gostei. Mas ali, definitivamente, não havia lugar para o amor. Lino estava tão longe dali e do pensamento. Instintivamente dobrei o bilhete como estava antes e coloquei-o de volta no envelope. Pensei em largá-lo daquele jeito, mas não resisti à tentação e peguei-o novamente rasgando em dois separando “meu” de “amor” com o bilhete e o dinheiro juntos. Deixei as duas partes na mesa, uma em cima da outra. Catei, num dos jarros, a rosa mais bonita que encontrei e quebrei o seu talo em dois, despetalando-a todinha em seguida e coloquei tudo sobre o envelope partido. Acabei de me arrumar e saí. Não sem antes olhar para trás e ainda na soleira da porta dizer, mesmo sem ter quem ouvisse: - Mas tem coisas que só uma mulher sabe fazer!

Um comentário:

Anônimo disse...

caramba! que coisa!
não sei nem como começar a comentar, mas eu não poderia deixar passar em branco algo tão forte!
em primeiro lugar, eu nunca passei por uma situação assim.
em segundo lugar, acho que eu agiria do mesmo modo que ela. Gostei do modo autiva como ela saiu.
agora, falar do rapaz é muito dificil para mim. eu nunca conheci um homossexual, nem masculino nem feminino. mas sempre pensei que um fosse a femea e o outro o macho. esse jogo ficou muito esquisito. os dois gostam de ser machos e de ser femeas?
mas pensando bem, ele foi bem macho com ela e isso é o que interessa.
sou viuva, tem cinco anos, sinto falta de sexo, nunca consegui ter um perceiro, mas já tive duas parceiras. uma de cada vez.mas nunca me satisfizeram. acho que com esse cara eu teria muitos orgasmos.
acho que posso falar dessas coisas aqui, não?
o momento mais bonito que eu achei foi quando ela saiu de lá e disse: - Mas tem coisas que só uma mulher sabe fazer!
vibrei!

não vou dizer o meu nome por motivos obvios.
- Mas tem coisas que só uma mulher NÂO sabe fazer!