sobre a vergonha
essa vergonha guardada no peito,
corta a carne de forma letal.
se isso em si é um defeito,
exclui da vida o real.
é preciso ser livre e incógnito,
no mundo em que a massa encobre.
pois a vergonha não é um grito do cógito,
nem a máscara de uma vida nobre.
é talvez uma possibilidade imovente
de profunda tristeza calma
grudada num peito ardente!
seria covardia pois, calar a mente
escondendo no fundo da alma
o que de mais pungente se sente?
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