Michiko Kakutani
Norman Mailer era acima de tudo ambicioso. Ele declarou certa vez que queria escrever "um romance que Dostoiévski e Marx; Joyce e Freud; Stendhal, Tolstói, Proust e Spengler; Faulkner e até mesmo o velho Hemingway iriam querer ler".
Ele queria "alterar os nervos e medula" da nação com sua obra, para "mudar a consciência" de seu tempo. Ele queria escrever o Grande Livro, o Grande Romance Americano. Ele queria rebater a bola mais longe que todas.
Apesar de seu primeiro livro, "Os Nus e os Mortos", ter sido um apreciável romance de guerra que lhe valeu enorme celebridade aos 25 anos, e de ter escrito muitos outros romances ao longo de décadas, foi a não-ficção que provaria ser sua contribuição mais duradoura. "Os Exércitos da Noite", seu relato ruidoso e dramatizado de sua própria experiência na marcha antiguerra ao Pentágono de 1967, tornou-se um documento fundador do que Tom Wolfe chamaria de "novo jornalismo": não-ficção contendo todo o ardor, atitude e linguagem corporal de um romance, mas ainda assim baseado na pesquisa e observação à moda antiga.
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Um comentário:
um tanto audacioso ele
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